A palavra hebraica para "dízimo" (ma’aser) significa literalmente "a décima parte".
1 - Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas [Levítico 27.30-32; Números 18.21,26; Deuteronômio 14.22-29].
O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida. [Mateus 25.15; Lucas 19.13].
2 - No âmago do dízimo, achava-se a idéia de que Deus é o dono de tudo [Êxodo 19.5; Salmos 24.1; 50.10-12; Ageu 2.8]. Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida [Gênesis 1.26,27; Atos 17.28]. Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor. [Jó 1.21; João 3.27; 1 Coríntios 4.7].
Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.
3 - Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas ao Senhor, principalmente na forma de sacrifícios. Levítico escreve várias oferendas rituais: o holocausto [Levítico 1; 6.8-13], a oferta de manjares [Levítico 2; 6.14-23], a oferta pacífica [Levítico 3; 7.11-21], a oferta pelo pecado [Levítico 4.1—5.13; 6.24-30], e a oferta pela culpa [Levítico 5.14—6.7; 7.1-10].
4 - Além das ofertas prescritas, os israelitas podiam apresentar outras ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas eram repetidas em tempos determinados [Levítico 22.18-23; Números 15.3; Deuteronômio 12.6,17], ao passo que outras eram ocasionais.
Quando, por exemplo, os israelitas empreenderam a construção do Tabernáculo no monte Sinai, trouxeram liberalmente suas oferendas para a fabricação da tenda e de seus móveis [Êxodo 35.20-29]. Ficaram tão entusiasmados com o empreendimento, que Moisés teve de ordenar-lhes que cessassem as oferendas. [Êxodo 36.3-7].
Nos tempos de Joás, o sumo sacerdote Joiada fez um cofre para os israelitas lançarem as ofertas voluntárias a fim de custear os consertos do templo, e todos contribuíram com generosidade. [2 Reis 12.9,10].
Semelhantemente, nos tempos de Ezequias, o povo contribuiu generosamente às obras da reconstrução do templo. [2 Crônicas 31.5-19].
5 - Houve ocasiões na história do AT em que o povo de Deus reteve egoisticamente o dinheiro, não repassando os dízimos e ofertas regulares ao Senhor.
Durante a reconstrução do segundo templo, os judeus pareciam mais interessados na construção de suas propriedades, por causa dos lucros imediatos que lhes trariam, do que nos reparos da Casa de Deus que se achava em ruínas. Por causa disto, alertou-lhes Ageu, muitos deles estavam sofrendo reveses financeiros. [Ageu 1.3-6].
Coisa semelhante acontecia nos tempos do profeta Malaquias e, mais uma vez, Deus castigou seu povo por se recusar a trazer-lhe o dízimo. [Malaquias 3.9-12].
- 1/7 do seu tempo
- 1/10 de sua renda.
NA BÍBLIA: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." [Malaquias 3.10].
PORQUE DO DÍZIMO NA BÍBLIA:
- Deus é o dono da terra e o doador de todas as bençãos.[Êxodo 19.5; Salmos 24.1; Salmos 50.10-12; Ag 2.8].
- O não dar o dízimo por parte dos israelitas, considerava-se como roubar a Deus. [Malaquias 3.8].
- Antes da Lei o dízimo já existia. Abraão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo. [Gênesis 14.20].
- A Lei formalizou e sistematizou esta prática. [Levítico 27.30-32; Números 18.21-32; Deuteronômio 14.22,29; Deuteronômio 26.25].
- Profetas pregaram a necessidade de sua observância.[Malaquias 3.8,10].
- Jesus Cristo reforçou o conceito do dízimo como um ato de fé (ele reprova a motivação errada). [Mateus 23.23,24].
- Na dispensação da graça no Novo Testamento.[Atos 20.35, 1 Coríntios 16.2; 2 Coríntios 9.7; Hebreus 5.10; Hebreus 7.3].
DÍZIMO DE QUE:
- Aposentadoria
- Colheitas
- Comissões
- Crias dos animais (judeus)
- Heranças
- Lucro em negócios
- Presentes
- Produção
- Rendimentos
- Salário
- Seu tempo (1 sétimo = 1 dia da semana)
- Seus talentos
- Sua vida
- Ofertas alçadas - todos cristãos:
[Neemias 10.37,39; Números 18.8,19; 2 Crônicas 31.14].
- Dízimos - todos membros da Igreja:
[Deuteronômio 14.22,28; Provérbios 3.9-10].
- Dízimos dos dízimos - todos ministros:
[Números 18.26; Lucas 10.7; 1 Timóteo 5.18].
DÍZIMOS:
[Deuteronômio 14.22; Deuteronômio 12.6,17]
[Levítico 27.30,31,32]
[Neemias 10.37,38]
OFERTAS:
- De manjares, pacífica, pelos pecados, pela culpa, voluntária, ..
- Alçadas -
- Oferendas - na forma de sacrifícios
- Rituais: holocausto
- Voto -
- Promessa (?)
- Primícias - Primogênitos dos animais, primeira colheita, ...
TIPOS DE OFERTAS:
- Roubada - dinheiro não dizimado
- Coxa - Oferta incompleta
- Cega - Oferta não pensada
- Enferma - Dinheiro adquirido desonestamente.
OFERTAS ALÇADAS:
Obs.: Não tem nada comparável quanto ao que fazemos hoje nas igrejas...
Contribuindo conforme nossa prosperidade (e a regularidade da contribuição). [1 Coríntios 16.1,2].
Os exemplos dos dízimos e ofertas no AT contêm princípios importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do NT.
1 - Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.
2 - Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro [Mateus 6.19-24; 2 Coríntios 8.5]. A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria [Colossenses 3.5].
3 - Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo [1 Coríntios 9.4-14; Filipenses 4.15-18; 1 Timóteo 5.17,18], para ajudar aos necessitados [Provérbios 19.17; Gálatas 2.10; 2 Coríntios 8.14; 9.2], para acumular tesouros no céu [Mateus 6.20; Lucas 6.32-35] e para aprender a temer ao Senhor [Deuteronômio 14.22,23].
4 - Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a Deus. Aliás, equivalia a roubá-lo [Malaquias 3.8-10]. Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que Deus nos tem dado [1 Coríntios 16.2; 2 Coríntios 8.3,12; 2 Coríntios 8.2].
5 - Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no AT [Êxodo 25.1,2; 2 Crônicas 24.8-11] quanto no NT [2 Coríntios 8.1-5,11,12]. Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial [2 Coríntios 8:3], pois foi com tal espírito que o Senhor Jesus entregou-se por nós [2 Coríntios 8.9]. Para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva [Lucas 21.1-4].
6 - Nossas contribuições devem ser dadas com alegria [2 Coríntios 9.7]. Tanto o exemplo dos israelitas no AT [Êxodo 35.21-29; 2 Crônicas 24.10] quanto o dos cristãos macedônios do NT [2 Coríntios 8.1-5] servem-nos de modelos.
7 - Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com o que lhe temos dado [Deuteronômio 15.4; Malaquias 3.10-12; Mateus 19.21; 1 Timóteo 6.19; 2 Coríntios 9.6].
Atenção: Qualquer das razões abaixo é suficiente; a Bíblia apresenta muito mais razões do que as desta lista:
Distrito Santa Maria
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R. Santo Alfredo, 525 - São José - Porto Alegre - RS, 91520-550, Brasil55 51 30850876